5. Monografia – Águia-de-Bonelli (revista em Novembro de 2017)

A Águia-de-Bonelli, também designada como Águia-perdigueira, tem o nome científico aquila fasciata (alguns autores usam hieraaetus fasciatus). É uma ave residente em Portugal sendo, no entanto, pouco comum, ainda que a sua população tenha vindo a aumentar ligeiramente. Estima-se que existam actualmente 92 a 99 casais no nosso país (2011).

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Águia-de-Bonelli ou Águia-perdigueira
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Águia-de-Bonelli ou Águia-Perdigueira

Espanha conserva a larga maioria da população europeia, cerca de 75%, contando-se 675 a 751 casais (1990). No entanto a população em Espanha tem diminuído acentuadamente e está considerada como uma ave em risco de extinção no Livro vermelho da aves de Espanha. Em espanhol é designada por águila perdicera ou por águila azor perdicera. É Bonelli’s Eagle em inglês e aigle de Bonelli em francês.

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4. Monografia – Águia-real e Águia-imperial (revista em Novembro de 2017)

Na nomenclatura em linguagem portuguesa comum, há muitas espécies de aves que se designam por “águia”. Conto, pelo menos, nove.

No entanto, apenas três pertencem ao género aquila na designação científica. A águia-real – aquila chrysaetos, a águia-imperial – aquila adalberti e a águia-perdigueira ou águia-de-bonelli – aquila fasciata. Trataremos aqui, apenas, das duas primeiras espécies, as grandes águias, com dimensões claramente superiores às da terceira.

Águia-real

A águia-real é a maior das águias e, também, a mais emblemática. Aparece como brasão, bandeira ou símbolo de inúmeras instituições, desde impérios e países, especialmente os com ambições guerreiras, a clubes desportivos. Simboliza coragem, força, bravura, destreza, nobreza, etc.

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4. Técnica – Como chegar perto das aves

Como chegar perto das aves para conseguir boas fotografias?

Em primeiro lugar convém saber que, mesmo com teleobjectivas muito potentes, é necessário chegar perto das aves para conseguir fazer boas fotografias. O quão perto depende evidentemente da teleobjectiva, mas também do tamanho da espécie de ave. Por exemplo, com uma objectiva de 500mm com teleconversor 1,4x numa câmara APS-C, uma cegonha pode fotografar-se bem a uns 50 metros. Mas, para um pardal, uma distância de 15 m já deve ser considerada como “um bocadinho longe”. É sempre preciso sabermos como chegar perto.

Há aspectos do comportamento das aves que variam de espécie para espécie. Há espécies muito tímidas e ariscas; outras só se podem descrever como descaradas. Mas, há alguns traços de comportamento que são comuns e que passaremos a referir.

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2. Monografia – Gangas e Cortiçóis

As Gangas e os Cortiçóis pertencem à ordem dos Pteroclidiformes. Na Península Ibérica existem apenas duas espécies:

  • Pterocles alchata – em português Ganga, em espanhol ganga ibérica, em inglês Pin-tailed Sandgrouse, em francês ganga cata.
  • Pterocles orientalis – em português Cortiçol-de-barriga-preta, em espanhol ganga ortega, em inglês Black-bellied Sandgrouse, em francês ganga unibande.

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Ganga, macho – Pterocles alchata

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Cortiçol-de-barriga-preta, macho – Pterocles orientallis

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3. Técnica – Onde ver e fotografar aves

Quais os locais mais interessantes para observar aves?

Há várias fontes com informações sobre este assunto.

Para Portugal:

Na net temos informação muito útil em Aves de Portugal – Portal dos observadores de aves.

Há também dados sobre locais para observar aves na página da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves).

Há um livro interessante, mas algo desactualizado e limitado à parte sul do país.

  • Onde Observar Aves no Sul de Portugal, de Helder Costa, 2003, ed. Assírio 6 Alvim, 269 pp.

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2. Técnica – Como ajustar a câmara

Como ajustar a câmara fotográfica para fotografar aves? Usaremos como exemplo a Canon EOS 7D MkII.

Admitimos que quem nos lê conhece o ABC da fotografia, que sabe o que é exposição, abertura, velocidade do obturador, sensibilidade, etc. Como é evidente, no que se segue dou a minha opinião. Haverá outras eventualmente melhores.

Em geral, para fotografar aves escolhe-se ter a câmara no modo Av, isto é, em exposição automática com escolha da abertura. Para conseguir a maior velocidade de obturação usa-se a máxima abertura da lente ou algo próximo disso. Esta é a forma de evitar fotos tremidas devido ao movimento da câmara e de poder “congelar” os movimentos da ave. É também a forma de obter um belo fundo desfocado para realçar a ave em primeiro plano.

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1. Técnica – Introdução

A fotografia de aves requer alguma capacidade técnica. Enumeraremos aqui, em artigos sucessivos, alguns dos aspectos técnicos que nos parecem mais importantes para ter sucesso neste tipo de fotografia.

Poderão ser úteis para quem se pretenda iniciar nesta actividade. Poderão também ser interessantes para os mais experientes, que aqui poderão comparar pontos de vista, métodos de trabalho, experiências e opiniões.

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Flamingos em voo na Ponta da Erva, Vila Franca de Xira. Câmara DSLR Canon EOS 10D, lente Canon EF 100-400 mm f 4-5.6 L IS USM.

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1. Monografia – O Quebra-ossos

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Retrato de um Quebra-ossos adulto

Na Europa existem quatros espécies de abutres. O mais vulgar é o Grifo (Gyps fulvus) que atinge 2,65m de envergadura e 10kg de peso. O maior é o Abutre-preto (Aegypius monachus) com 2,85m de largura de asas e chegando aos 12,5kg. O Britango ou Abutre-do Egipto (Neophron percnopterus) é o mais pequeno, com apenas 1,70m e 2,4kg.

O Quebra-ossos ou Brita-ossos (Gypaetus barbatus) não sendo dos mais pesados (6,6kg) tem uma das maiores envergaduras, atingindo 2,75m. Tem, por isso, um voo rápido com uma silhueta elegante.

Na classificação científica o Gypaetus  barbatus pertence à familia accipitridae, a que pertencem também as águias, os milhafres, o gavião, o açor, o peneireiro-cinzento e os outros abutres.

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